quinta-feira, 31 de março de 2011

O meio

Em minhas andanças pelo mundo
Observei a inconsistência da mente humana.

Bela e cítrica como uma noviça em
alegrias ásperas ou destruidora e serena
como um ex-assassino farejando pétalas de um ornato.

Essa contradição gera a vida e/ou talvez a morte.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Noites em transe

Todo o meu conhecimento
De nada serve,

Se a brisa gélida,
Que acompanha este crepúsculo,
Não pode ser acalentada..

Com o brio da minha consciência

quarta-feira, 23 de março de 2011

O poder da vida

Tenro e flexível é o homem quando nasce,
Duro e rígido quando morre.
Tenras e flexíves são as plantas
Quando começam,
Duras e rígidas quando terminam.
Rígido e duro o que sucumbe à morte,
Tenro e plasmável o que é repleto de vida.
Quem julga ser forte só pelas armas
Não vencerá.
Árvores que parecem possantes
Sempre se aproximam do fim.
Pelo que vale isto:
O que parece grande e forte
Já está a caminho da decadência.
Mas o que é pequeno e plasmável,
Isto cresce.

Lao-Tsé
Tao Te Ching

sábado, 19 de março de 2011

O amor e a felicidade

O amor é como uma droga que nunca seca, um sentimento
que eclipsa toda a razão em nome de uma possibilidade
inexistente de felicidade. Como poderia existir se a própria
essência do amor, é irracional? Como uma fonte sem lógica
alguma poderia levar alguém a algum lugar? Levará sim,
somente à inevitável beira do sofrimento senão,
à profundamente dentro dele.

Como ser feliz com um aparato pragmático? Essa ideia é
ainda mais irreal e tola que a própria ilusão da irracionalidade.
Esse caminho lógico só levará à inevitável restrição e rigidez e,
como consequência, à mais sofrimento.

segunda-feira, 7 de março de 2011