sábado, 11 de setembro de 2010

Ideologias

Quando se considera o significado da vida,
é uma luta entre pontos de vista alternativos
da própria vida.
Sem a habilidade para defender seu próprio
ponto de vista contra outras ideologias
talvez mais agressivas, a racionalidade
e a moderação podem desaparecer totalmente.

Monty Python

sábado, 4 de setembro de 2010

Verdade e/ou Felicidade

Durante muito tempo muita gente parou pra pensar,
refletir, discutir e alguns até gastaram suas vidas,
tentando descobrir qual o sentido da vida,
a maioria acaba nem analisando, ou analisando superficialmente
esse ponto em vida. Esse é o tipo de questionamento
muito díficil de se fazer. Os que não o fazem simplesmente
dizem: "O sentido da vida é _____ " e pronto.

Nessa dúvida, que muito provavelmente
não tem uma solução óbvia, é totalmente compreensível
a razão que levaram muitos a esse tipo
de dogma. Não vou entrar em discussões
aprofundadas sobre qual o sentido da vida, nem nada
dessa espécie.
O meu ponto é que muitos pensam que o sentido
da vida é a felicidade. Ser feliz e mais nada, ou
alguma variante nessa linha.
Minha pergunta é: Será que isso é verdade?

Vou me manter no nível de exemplos e não falar
em teorias. Acredito que assim seja
de mais fácil compreensão e também
não quero acabar descambando na loucura.

Imagine o pior cenário possível onde você está
fora da realidade que acredita viver. Para facilitar, suponha que
se encontre num local como a Matrix (a mesma do filme),
Idealize que você é completamente feliz e agora
precisa lidar com a tarefa de decidir se tomará
a pílula vermelha (representando a verdade, mas talvez
uma realidade díficil) ou a pílula azul (representando a
felicidade, porém a mentira).
O que você faria?

Se você pensou "prefiro a verdade", então
é o mesmo que dizer que existem coisas mais importantes
do que a felicidade.
Acredito que a tendência da maioria é ir racionalmente para
algo como "prefiro saber a verdade do que viver uma mentira".
Mas será que isso acontece na prática?

Você já se apaixonou por outro que não
te correspondeu? Foi dura a revelação que ele/ela não sentia o mesmo por você?
Será que muitos já estiveram em uma relação mais longa,
onde um estivesse apaixonado e o outro de alguma forma correspondesse
mas sem estar apaixonado, ou talvez duvidando por longos períodos se ainda estava,
ou ainda os dois estivessem nessa posição de dúvida?

Se você acha que isso está longe da sua realidade, basta verificar se você
ou o outro já se acomodou, em algum momento, na relação, ou se já existiu o medo de acabar,
ou o medo que acabassem com você. Nesse instante é que se encontra o risco.

Sintetize agora a visão de uma pessoa paranóica, embolada em suas
dúvidas eternas. Visualize essa pessoa com ciúmes, olhando o celular ou
checando e-mails do namorado/a, procurando de qualquer forma
pistas de uma traição, que o/a levem a uma iminente verdade.
Ciúmes que destrói, que corrompe a essência como ácido.
Quantos mantiveram ou mantém relacionamentos assim?

Aos que traíram, vocês foram sinceros com um sentimento momentâneo?
Ou talvez sinceros com um sentimento não tão momentâneo?
Ou vocês não foram sinceros com vocês mesmos ao não buscarem
a real origem dessa procura ao "proibido"?

Agora eu pergunto:
Qual é o mais importante? A felicidade? A verdade? Outra coisa?